Um dos mineiros que sobreviveu à tragédia na boate Kiss, em Santa Maria (RS), usou seu perfil no Facebook para isentar os seguranças da boate da acusação de que eles não teriam deixado as pessoas saírem do local. Túlio Gustavo Fernandes publicou um post em sua rede social nesta quarta-feira (30) afirmando que os seguranças "foram heróis" e que "alguns até morreram para poder salvar pessoas que eles nunca viram na vida".
O estudante, natural de Machado, no sul do Estado, teve alta da Unidade de Terapia Intensiva na última terça-feira (29) e relatou que houve uma briga no local antes do incêndio, que foi controlada pelos seguranças. Por isso no momento da tragédia, muitas pessoas acreditaram que se tratava de outra briga e tentaram forçar as portas para sair, sendo impedidas pelos funcionários.
No entanto, não demorou para que os seguranças entendessem o que estava acontecendo. Fernandes ressaltou em seu post que os homens "deixaram o pessoal sair e, além disso, todos eles salvaram muitas vidas". O mineiro se mostrou revoltado com as acusações que vêm sendo feitas contra os funcionários, pedindo "pare e pense um pouquinho antes de julgar".
Para finalizar, o sobrevivente frisou que "o número de mortos não foi maior por conta da força de vontade deles [seguranças] e de muitos outros que se propuseram a entrar naquele inferno em chamas para salvar pessoas que nunca tinham visto na vida".
Além dele, outros três mineiros sobreviveram ao incêndio na Kiss: o casal Lucas Marcovig e Ludmila Mendonça, que são de Nepomuceno, sul de Minas e o dentista Allison Prado, da mesma cidade.
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